Dentro do acordo de cooperação técnica entre Prefeitura e Governo do Estado, há um mês o Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAfor) passou a contar com um policial militar 24 horas por dia, no monitoramento de 30 cruzamentos da cidade. Antes, na fase de transição, esse tempo era de 12 horas diárias. De acordo com o diretor da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), Arimá Rocha, a medida tem como objetivo reforçar a vigilância sobre a cidade, aproveitando-se das câmeras de circuito interno de TV do Ctafor, cujo foco inicial era apenas fazer o controle do tráfego da Capital.
Instaladas em postes de 15 metros de altura, cada câmera cobre um raio de dois quilômetros. Nas últimas semanas, elas já detectaram incêndios (os bombeiros foram acionados pelo Ctafor), acidentes de trânsito graves e auxiliaram a Polícia a localizar um iraniano que estava sendo perseguido depois de furar um bloqueio policial. Ele acabou preso, portando munição ilegal.
O soldado PM Cleiton Medeiros é um dos responsáveis pelo monitoramento. Ele foi chamado para integrar o Ctafor por sua experiência anterior lidando com as câmeras de vigilância instaladas na avenida Beira Mar. No atual trabalho, o militar disse que o sistema registra muitos furtos a motoristas. Em uma ocasião, as câmeras acompanharam uma perseguição a um assaltante no cruzamento das avenidas Raul Barbosa com General Murilo Borges. O helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) participou da "caçada", mas o criminoso conseguiu fugir pelo mangue.
Recentemente, as imagens do Ctafor conseguiram descobrir um golpe que vinha sendo aplicado por flanelinhas no cruzamento das avenidas Dom Manuel com Leste-Oeste. Eles estavam colocando um calço no sinal de pedestres que existe no cruzamento. Com isso, o tempo do sinal vermelho aumentava de 30 para até 50 segundos, dando mais tempo para que eles pudessem abordar os motoristas. Segundo o diretor do Ctafor, o engenheiro Marcus Vinícius Teixeira de Oliveira, este tipo de golpe também vem sendo aplicado no cruzamento das avenidas 13 de Maio com a rua Carapinima. O problema, alega, é que lá não existe uma câmera do sistema.
Em casos de emergência, como perseguições policiais e transporte de feridos graves, o Ctafor pode acionar o sistema Scoop (ver quadro), modificando as cores dos semáforos. Todos os sinais de uma determinada via podem ficar vermelhos, quando se pretende bloquear a saída de um carro, ou verde, nos caso da passagem de uma ambulância.
Se o veículo usado pelos criminosos estiver em uma zona perigosa, em frente a uma escola, por exemplo, os sinais poderão ser abertos, para que o enfrentamento se dê em uma área de menor risco. Segundo Arimá Rocha, a tecnologia está à disposição, mas ainda não foi usada.
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